Madrugada fria.
Cama vazia...
Ela sem nada esperar.
Pela audição, ouve seu coração!
O silêncio é quebrado.
Eis que ele chegou,
Vinha da escalada.
Não buscava por um nada.
Ela deixava a porta aberta,
E pelo som foi desperta.
A madrugada se aqueceu...
Corpos embevecidos.
Com os sentidos aguçados.
Ela mergulhou em seus braços.
Não era um desconhecido e
Reconhecia seu abrigo.
Uma nova dança surgia...
Olhos, bocas, corpos
Embalavam um ritmo com maestria!
No leito... Agora cheio...
Ouvia palavras de amor.
O dia nasceu, mas tivera sido nada!
Muito menos o amor.
Mesmo assim, ela saiu sem rumo...
Tentou sentir algum vestígio,
Seguiu alguns passos...
Mas, a cada espaço e à luz do dia,
As sombras se misturaram e
O tempo entre eles dois
Ficou cada vez mais espaçado...
Ela voltou, sentou e esperou.
Tentou falar, mas sua voz não ecoou.
Sem nada alcançar,
Tudo voltou ao vazio.
No entanto, ela já não suportava o frio.
Resolveu sair dos braços de Morfeu...
Àquele suposto amor, disse adeus.
Calçou seu mais lindo sapato...
Lá vai ela, pelos próprios passos,
Quer gerar novos compassos.
Não aquece mais os ouvidos,
Com palavras em pó, solto e vazio
Que possam gerar qualquer tipo de frio.
Cláudia L.
Cláudia L.
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