De que me vale a carne,
Que parece bela...
Se nela não há temperos?
De que me vale a mente,
Se ela só mente?
A carne pede recheios
O peito serve de curtume
Vão-se maturando recheios
O tempo leva e enleva
A larva alarga...
A alma entrelaça;
A carne: à espera...
Já não há espaços
Para a limária
Que seria o limbo...
Do que já está límpido.
Cláudia L.
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